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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ensina a teu filho...

Texto de Frei Betto - Folha de São Paulo


Ensina a teu filho que o Brasil tem jeito e que ele deve crescer feliz por ser brasileiro. Há neste país juízes justos, ainda que esta verdade soe como cacófato. Juízes que, como meu pai, nunca empregaram familiares, embora tivessem filhos advogados, jamais fizeram da função um meio de angariar mordomias e, isentos, deram ganho de causa também a pobres, contrariando patrões gananciosos ou empresas que se viram obrigadas a aprender que, para certos homens, a honra é inegociável. Ensina a teu filho que neste país há políticos íntegros como Antônio Pinheiro, pai do jornalista Chico Pinheiro, que revelou na mídia seu contracheque de parlamentar e devolveu aos cofres públicos jetons de procedência duvidosa. Saiba o teu filho que, no monolito preto do Banco Central, em Brasília, onde trabalham cerca de 3 mil pessoas, a maioria é honrada e, porque não é cega, indignada ante maracutaias de autoridades que deveriam primar pela ética no cargo que lhes foi confiado. Ensina a teu filho que não ter talento esportivo ou rosto e corpo de modelo, e sentir-se feio diante dos padrões vigentes de beleza, não é motivo para ele perder a auto-estima. A felicidade não se compra nem é um troféu que se ganha vencendo a concorrência. Tece-se de valores e virtudes e desenha, em nossa existência, um sentido pelo qual vale a pena viver e morrer. Ensina a teu filho que o Brasil possui dimensões continentais e as mais fertéis terras do planeta. Não se justifica, pois, tanta terra sem gente e tanta gente sem terra. Assim como a libertação dos escravos tardou, mas chegou, a reforma agrária haverá de se implantar. Tomara que regada com muito pouco sangue. Saiba o teu filho que os sem-terra que ocupam áreas ociosas e prédios públicos são, hoje, chamados de "bandidos", como outrora a pecha caiu sobre Gandhi sentado nos trilhos das ferrovias inglesas e Luther King ocupando escolas vetadas aos negros. Ensina a teu filho que pioneiros e profetas, de Jesus a Tiradentes, de Francisco de Assis a Nelson Mandela, são invariavelmente tratados, pela elite de seu tempo, como subversivos, malfeitores, visionários. Ensina a teu filho que o Brasil é uma nação trabalhadora e criativa. Milhões de brasileiros levantam cedo todos os dias, comem aquém de suas necessidades e consomem a maior parcela de sua vida no trabalho, em troca de um salário que não lhes assegura sequer o acesso à casa própria. No entanto, essa gente é incapaz de furtar um lápis do escritório, um tijolo da obra, uma ferramenta da fábrica. Sente-se honrada por não descer ao ralo que nivela bandidos de colarinho branco com os pés-de-chinelo. É gente feita daquela matéria-prima dos lixeiros de Vitória que entregaram à polícia sacolas recheadas de dinheiro que assaltantes de banco haviam escondido numa caçamba. Ensina teu filho a evitar a via preferencial dessa sociedade neoliberal que nos tenta incutir que ser consumidor é mais importante que ser cidadão, incensa quem esbanja fortuna e realça mais a estética que a ética. Saiba o teu filho que o Brasil é a terra de índios que não se curvaram ao jugo português e de Zumbi, de Angelim e frei Caneca, de madre Joana Angélica e Anita Garibaldi, dom Hélder Câmara e Chico Mendes. Ensina a teu filho que ele não precisa concordar com a desordem estabelecida e que será feliz se se unir àqueles que lutam por transformações sociais que tornem este país livre e justo. Então, ele transmitirá a teu neto o legado de tua sabedoria. Ensina teu filho a votar com consciência e jamais ter nojo de política, pois quem age assim é governado por quem não tem e, se a maioria tiver a mesma reação, será o fim da democracia. Que o teu voto e o dele sejam em prol da justiça social e dos direitos dos brasileiros imerecidamente tão pobres e excluídos, por razões políticas, dos dons da vida. Ensina a teu filho que a uma pessoa bastam o pão, o vinho e um grande amor. Cultiva nele os desejos do espírito. Saiba o teu filho escutar o silêncio, reverenciar as expressões de vida e deixar-se amar por Deus que o habita.























domingo, 6 de fevereiro de 2011

Inicio do ano letivo 2011

Senhores Pais ou Responsáveis,

Muito obrigada!

Para nós é uma honra tê-los como clientes, e acima de tudo parceiros daquela que consideramoso seu maior investimento, a educação de seu filho. É uma honra termos sido eleitos para prestar-lhes ete serviço que exige segurança e responsabilidade. Temos orgulho pela relação de confiança que conseguimos estabelecer e estamos abertos para qualquer sugestão vossa que possa melhorar a pretação de nosso serviços. A proposta desta escola é realizar um trabalho de excelência, cumprindo prazos e contratos com rigor.Esta proposta de qualidade não seria possivel de ser implementada sem a valiosa colaboração que você, cliente e amigo, sempre nos ofereceu, cumprindo também os contratos e relevando os eventuais contratempos que sempre tentamos evitar, por isso pedimos a vossa compreensão e comunicamos qe o nosso calendário letivo foi alterado, em virtude da melhoria de nosso espaço fisico, e que portanto, as aulas que iniciariam nesta segunda-feira, 07/02, terão inicio na proxima segunda-feira, 14/02.
Aproveitamos o ensejo e reforçamos um convite especial, a nossa primeira conversa, que acontecerá neste dia 11/02, sexta-feira, as 15h, na própria escola.Neste primeiro encontro vocês conhecerão a equipe docente, proposta pedagógica e normtização da escola.
Desde já agradecemos a compreensão e comparecimento.

Cordialmente,
Equipe Gestora

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Quando os pais estão se separando...

Quando os pais estão em processo de separação nos defrontamos com uma situação que terá repercussões emocionais significativas na criança e no adolescente, atingindo tanto a área da conduta como o rendimento escolar.
Habitualmente os professores identificam a mudança de comportamento desses alunos: mostram ansiedade, queda nas notas, dificuldades de atençaõ, agressividade, isolamento e mesmo hiperatividade, entre vário outros sintomas. Esse são alguns do que chamamos equivalentes depressivos na infancia e na adolescência, pois a depreão nestas etapas evolutivas nem sempre corresponde àquilo que identificamos como depressão nos adultos(fala depressiva, desânimo, choro, etc.); esse aspecto leva a que, muitas vezes, não consigamos identificar a depressão nos alunos que estão passando por esta crise na separação do pais. É possivel que um aluno que começa a se mostrar destento e não consegue parar quieto durante a aula tenha equivalentes depressivos e eteja necessitando de ajuda.
As separações ocorrem determinando sempre diferentes graus de sofrimento psíquico em todo o grupo familiar, na dependência da forma mais ou menos traumática em que esta experiência emocional grupal acontecer. Em algumas ocasiões, a separação poderá estar pondo um fim a um periodo longo de desgaste e de sofrimento. Mas acredito que, memso nessas situações, haverá também sentimentos de perda e desamparo.
O professor atento poderá perceber que seu aluno está passando por um periodo emocionalmente difícil e prover o cuidado necesário chamando, inclusive os pais á escola.
Poderá acontecer que alguns alunos, após certo tempo, retomem a sua postura e rendimento anterior; quando as transormações permanecem por um tempo maior, após várias semanas, por exemplo, um alerta está endo passado e um pedido de ajuda está sendo enviado pelo aluno. Crianças e adolescentes, não devemos esquecer, utilizam muito a linguagem conductual para expressar seus sentimentos, especialmente quando experimentam regressões devidas a sofrimentos psíquicos como os da separação dos pais.
Um aspecto que conidero importante , por parte da ecola, é evitar "tomar partido" ou emitir julgamentos sobre os pais. Quando se age desta forma o prejudicado será o aluno, pois os pais, ou um deles, entrarão em rota de colisão com a escola, e entre a maré e o rochedo quem sofre é o marisco...
A escola deverá agir com cuidado e precaução, visando sempre o bem-estar da criança e do adolescente, buscando a isençaõ e a colaboração.

JOSÉ OUTEIRAL
Psicanalista e Psiquiatra especialista em crianças e adolescentes.


Adaptação Escolar


Mais uma postagem retirada do blog Espaço da Criança - cantinhodaeducaçãoinfantil.com.br - Tenho certeza de que esse é um momento de angústia para a maioria dos pais, e para tentar aliviá-los ou sanar as principais dúvidas postamos esse texto que erá de grane valia...espero que gostem...



Não interessa a faixa etária, independente da turma ou da idade das crianças, todas elas passam por um período de adaptação, algumas encaram com tanta naturalidade que este acontecimento se torna imperceptível, mas isso não significa que não exista.


O MOMENTO IDEAL DE INGRESSAR NA ESCOLA INFANTIL

Neste aspecto alguns estudiosos divergem. Cora Coralina dizia que a criança jamais deveria freqüentar a escola ou ser afastada da mãe antes da idade escolar (7anos). Há uma outra linha da pedagogia Waldorf que defende que o nascimento da dentição indica o momento certo de freqüentar a escola. Mas é Helen Bee, pesquisadora americana e especialista em desenvolvimento humano, quem afirma em seus estudos que,
“Em geral, o efeito positivo das creches parece ser maior para as crianças que ingressam na creche durante o período de bebê.”
Pesquisas realizadas por Bee apontam inúmeros benefícios no desenvolvimento de crianças que freqüentam a escola desde cedo, mas a qualidade do ensino oferecido e o conhecimento prévio das fases do desenvolvimento infantil por parte das educadoras são fatores determinantes para o sucesso. Entre os benefícios podemos citar que, as crianças que freqüentam a escola são mais sociáveis, habilidosas, mais populares e lidam melhor com os companheiros. O único aspecto negativo encontrado pelos estudiosos pesquisados por Bee foi a agressividade.
Algumas crianças que freqüentam a escola apresentam um nível de agressividade maior do que aquelas criadas em casa apenas com o convívio de familiares e adultos, porém, alguns interpretam esta agressividade como uma forma madura da criança lidar com o mundo, de pensar sozinha e ser mais independente sem ficar sempre sob a proteção de um adulto, ou seja, são mais agressivas porque costumam resolver conflitos tendo o adulto como mediador e não como protetor ou alguém que intervém em suas decisões.
Reunindo estudos, Helen Bee pôde pesquisar mais sobre o apego inseguro desenvolvido por algumas crianças. Constatou que, o risco do apego inseguro era um pouco maior para bebês que ingressavam antes de completar 1 ano de idade na escola. Este apego inseguro não aumenta de acordo com o número de horas que a mãe trabalha. Uma mãe que trabalha 40 horas por semana, 20 horas ou 5 não modifica o comportamento da criança. Contudo, o apego inseguro não se relaciona apenas à escola e sim ao vínculo que a mãe e a criança possuem e pode ser gerado pelo estresse materno por exemplo.

Socialização e adaptação da criança na escola de educação infantil

A entrada da mulher no mercado de trabalho e a necessidade de deixar os pequenos em um lugar com maior conhecimento dos processos de desenvolvimento do ser humano são as principais justificativas para a opção de matricular as crianças na escola de educação infantil.
Esta decisão cabe aos pais ou responsáveis que, se não possuírem alguém da família que possa cuidar das crianças, deverão optar por uma babá ou pela escola. O processo de adaptação de uma criança na escola não começa com ela, mas com seus pais, pois a entrada de uma criança na escola representa uma mudança na rotina e na vida, tanto das crianças como de seus familiares e da própria escola que precisa se organizar para acolhe-la, esta adaptação só terá sucesso se as partes envolvidas formarem um elo. Muitos pais estão receosos, inseguros em relação aos cuidados que a escola infantil pode oferecer aos seus filhos, mesmo tendo optado por ela.
É comum mães ficarem inseguras até com relação ao vínculo afetivo que se forma entre educadora/criança/colegas, justamente o que deveria deixa-las ainda mais segura com a escola..
Começa aqui, o
primeiro passo da adaptação e socialização da criança na escola infantil. A adaptação dos pais. A única forma de deixar os pais seguros é mostrar a eles que optaram pelo ambiente e pelas pessoas certas para cuidar e educar seus filhos. Nesta parte entra a escola como um todo, diretores, educadores, psicóloga, nutricionista e demais funcionários, mas principalmente, a pessoa encarregada de fazer a coordenação pedagógica
, porque nesta etapa ela mostrará aos pais o funcionamento da escola, bem como a proposta pedagógica ou os objetivos educacionais da instituição, ou seja, mostrará aos pais que, na escola estão os profissionais qualificados, que se dedicam a conhecer, educar e cuidar crianças.
A primeira etapa estará vencida quando os pais se conscientizarem que, nos dias de hoje é perfeitamente natural que as crianças permaneçam boa parte do seu tempo na escola, os pais não precisam se sentir culpados, ao contrário, mostrar desde cedo para os pequenos que é preciso batalhar bastante por aquilo que desejamos ajuda no processo de formação da identidade e do caráter. Mostrar a eles que, não é necessário compensar a criança com doces, brinquedos ou outras coisas, afinal, ninguém precisa ser recompensado só porque passou um dia se divertindo, aprendendo e brincando com seus colegas em um ambiente seguro e adaptado para isso. Também é importante orientar para que os pais continuem impondo os mesmos limites de sempre, sem se sentir culpado por ter passado menos tempo com o pequeno do que gostariam, o mais importante é a qualidade do tempo e não a quantidade.
Na
segunda etapa deste processo, a educadora responsável pela criança devera fazer a continuação deste processo de adaptação dos pais ao mesmo tempo em que adapta e integra o pequeno no grupo e na rotina da sala. A educadora deve mostrar que está apta a realizar esta tarefa porque estuda e conhece como funciona o desenvolvimento infantil, além de dominar os cuidados necessários para a faixa etária que atende (higiene, saúde, nutrição etc), por isso, devemos formar um elo, porque quem irá fornecer os dados indispensáveis para o sucesso desta adaptação serão os pais, através da ficha de anmese, que deve ser feita pela escola na entrevista com os responsáveis e pode ser complementada pela educadora de acordo com as necessidades da faixa etária atendida.

Algumas informações sobre o processo de adaptação na escola:
A decisão dos pais, de colocar seu filho na escola deve resultar de atitude pensada, consciente e segura é dever da escola certificar-se de que esta é a melhor opção para os pais e para a criança. É preciso que eles estejam cientes que a escola será um bom propulsor para o desenvolvimentodo seu filho em vários aspectos como: afetivo, social, físico e cognitivo;
Entenda que, o ingresso na escola é a entrada em um meio social mais amplo, onde a criança se desligará, por algumas horas do seu dia, do seio familiar. Ela então irá se deparar com novas questões de sociabilidade (como dividir brinquedos e a atenção da educadora). Faça com que a criança sinta-se segura com suas decisões.
Solicite aos pais que levem a criança na escola quando forem visitar, conhecer e fazer a matrícula, estas visitas fazem com que ela vá se familiarizando com o ambiente e sinta vontade de ficar e conhecer mais um pouco, porém, estes dias não são para a adaptação, apenas para que fique mais segura;
A vinda da criança para a escola deve ser preparada; entretanto, oriente os pais a evitar longas explicações para o pequeno, pois isso pode despertar suspeita e insegurança. Algumas crianças se adaptam facilmente outras demoram um pouco mais, não há regras pré- definidas para isso, porém, o segredo do sucesso é levar em consideração as necessidades e o ritmo de cada família;
A separação, apesar de necessária, é um processo doloroso tanto para a criança quanto para a mãe, mas é superado em pouco tempo. Na escola a criança vivencia pela primeira vez o distanciamento da família e a não exclusividade, pois terá de dividir a atenção com seus colegas, porém, é nesta etapa que a criança fortalecerá o processo de amadurecimento, que se estenderá para toda vida.
Cuidados devem ser tomados nesse período de adaptação em relação a troca recente de residência, retirada de chupeta ou fraldas, troca de mobília do quarto da criança, perda de parente próximo ou animalzinho de estimação ou qualquer outra alteração, incluindo de saúde;
O choro na hora da separação é freqüente e nem sempre significa que a criança não queira ficar na escola, muitas vezes é apenas um sinal de birra, manha ou a forma de convencer os pais de algo que desejam. Sono, fome, cansaço também são motivos para que a criança não queira ficar na escola. Embora seja comum a criança resistir na entrada (o choro, a raiva e a birra fazem parte deste processo), pois é o momento em que é “cortado” o vínculo com a família, mas é preciso deixar claro, mesmo com choro a criança deve permanecer na escola.
A ausência do choro não significa que a criança não esteja sentindo a separação. Não force com violência e ansiedade a criança a ficar na escola. Mesmo parecendo calma e estando tranqüila ela ainda não está adaptada porque tudo é novo, a diferença está apenas na forma como ela reage, o processo de adaptação continua sendo o mesmo;
Mesmo quando a criança não chora, ainda há outras formas de verificar como está o processo de adaptação. Crianças que parecem aflitas, frustradas, ansiosas, angustiadas ou assustadas, que mordem, gritam, batem (nas outras crianças, na educadora ou em si mesmas), não se alimentam direito ou ficam irritadiças podem estar com dificuldades neste processo.
Evite comentários sobre a adaptação da criança em sua presença;
Cabe à mãe entregar a criança ao educador, colocando-a no chão ou entregando no colo da profissional e incentivando-a a ficar na escola. Não é recomendável deixar o educador com o encargo de retirar a criança do colo da mãe. Quanto mais rápido e determinado for este processo mais segura a criança estará;
Converse com os pais para que não saiam escondidos, peça para que se despeçam da criança e avisem que logo irão retornar para buscá-la, em caso de choro sugira que façam isto mais rapidamente e se despeçam com firmeza, avisando que já voltarão.
A sala de atividades é um espaço que deve ser respeitado e sua presença dos pais nela, além de dificultar a compreensão da separação, fará as outras crianças cobrarem a presença de suas mães;
Incentive a criança a procurar a sua ajuda quando necessitar algo, para que crie um laço afetivo contigo;
Lembre-se que o educador atende às crianças em grupo, procurando distribuir sua atenção, igualmente, promovendo junto com a mãe a integração da criança. Então, na hora de adaptar é importante mostrar aos pais e a criança que ela está sendo inserida em um grupo e que é muito bem vinda;
Se os pais confiam na escola, sentirão segurança na separação e esse sentimento será transmitido à criança, que suportará melhor a nova situação;
Solicitar aos pais que evitem interrogatórios sobre o dia da criança na escola, para que não se sinta pressionada. Crianças gostam de falar de suas descobertas, deixa-a interessada em falar sobre o assunto que ela agirá naturalmente;
Poderão ocorrer algumas regressões de comportamento durante o período de adaptação, assim como alguns sintomas psicossomáticos (febre, vômitos etc);
É comum verificar-se nessa fase uma ambivalência de sentimentos. O desejo de autonomia da criança e a necessidade de proteção ocorrem simultaneamente;
A adaptação das crianças de período integral inicialmente deve ser feita em um turno (manhã ou tarde). Crianças até 3 meses raramente precisam de adaptação porque ainda não distinguem seu corpo do meio. A partir dos 8 meses verifica-se o "estranhar", nesta etapa é sugerido que o familiar responsável pela criança em adaptação permaneça na escola nos primeiros 3 ou 4 dias e que, a adaptação seja feita de forma progressiva, ou seja, no primeiro dia fica apenas uma horinha na escola e depois vai aumentando este tempo;
Muitas vezes uma criança que já está na escola precisa ser readaptada ao trocar de sala ou de educadora, porque pode sentir medo ou ficar insegura e com medo da mudança.
Crie rotinas de acordo com a faixa etária atendida e o interesse da turma, uma rotina adequada, criativa e bem elaborada constitui para a criança instrumento construtivo de sua independência e autonomia, fortalecendo os vínculos e os “combinados” facilitando o processo de socialização. O espaço deve ser limpo, seguro e colorido, adaptado para as crianças brincarem. Não são necessários brinquedos caros mas as atividades devem ser organizadas de forma a estimular o ato de brincar.

Márcia Soares

Professora, apaixonada pela profissão

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO:
NOVAES, Maria Helena. Adaptação Escolar. Petrópolis: Vozes, 1985.
FUNDAÇÃO, Roberto Marinho. Professor da pré-escola Vol I. Rio de Janeiro:FAE, 1991.
BEE, Helen/Tradução Maria Adriana Veríssimo Veronese. A criança em desenvolvimento.-9.ed.-Porto Alegre:Artmed,2003.
SANFORD, Fátima Rodrigues; Acolhimento, cuidados que auxiliam a criança a se adaptar na creche. Revista do professor, Porto Alegre, nº81,p.5-6,jan./mar.2005

Ai, não morde que não sou pizza!!!

Encontrei essa matéria super bacana no blog Espaço da Criança e resolvi postá-lo para que o seu conteúdo possa ser amplificado...espero que gostem...




A Mordida na educação infantil

Nos primeiros anos de vida, o principal contato da criança com o mundo exterior, acontece na forma oral, no primeiro ano, o ato de sugar o seio que é fonte de alimento e prazer, é também uma forma de interagir com o mundo (choro/balbucio), mesmo após os primeiros aprendizados da língua oral, a criança continua usando a boca, como forma de explorar e descobrir o mundo. Este ato, se relaciona à fonte de libido, mas não está relacionada ao libido de forma erótica, mas sim como prazer e exploração do mundo, quando morde, a criança não busca provocar a dor intencionalmente, embora o ato de morder seja prazeroso, ela está apenas explorando o meio, seus limites e o outro. Sigmund Freud (1856-1939), diz que a criança experimenta o mundo (e o outro) através da forma oral, para ele, o prazer de morder está relacionado com o uso do instrumento que a criança melhor domina, a boca. Com isso, a boca vai ganhando novas funções, da nutrição, vem o choro, para expressar e conseguir mais rapidamente, a atenção que deseja, após os balbucios e as primeiras palavras, a mordida vem como uma forma rápida de manifestar o que deseja.
Não há educador que não tenha vivenciado esta fase, pois embora cause estranheza e medo aos pais e seja um estresse na rotina diária do professor, este comportamento não é anormal e encontra suas justificativas, dentro das características do desenvolvimento infantil.
Segundo D’Andrea, a fase oral é dividida em duas etapas, a de sucção e a de mordida.
Na fase da mordida “há uma tendência a destruir, morder, triturar o objeto antes de incorporá-lo”. Essa fase é dividida em duas características principais, sendo oral receptiva, quando o sujeito não passa por privações, tornando-se uma pessoa muito generosa e oral agressiva que aparece uma “tendência a odiar e destruir, a ter ciúmes da atenção que outros recebem, a nunca estar satisfeito com o que tem e a desejar que os outros não tenham algumas coisas, mesmo que não as queira para si”.
QUANDO A MORDIDA É NORMAL E QUANDO DEIXA DE SER?
Henri Wallon (1879-1962), diz que a criança está testando os limites do próprio corpo, formando sua personalidade individual, quando morde, ela está elaborando seu “eu corporal”, ou seja, descobrindo onde acaba seu próprio corpo e onde começa o do outro.
Até os quatro anos, a mordida é considerada normal, como forma de expressar-se e até lidar com frustrações, crianças em adaptação na escola ou crianças ciumentas que recebem um coleguinha novo, podem morder para expressar sentimentos. A criança ainda não consegue verbalizar seus anseios como, “estou com ciúmes” ou “quero ir para casa”, pode fazer uso da mordida para expressar seus medos.
Crianças sensíveis a frustração, quando contrariadas por um colega, durante uma disputa por brinquedo ou a recusa do educador a permitir que faça algo, podem morder como forma de expressar raiva.
Após os 3 anos, quando a criança já é capaz de expressar oralmente o que sente e já entende com clareza que morder provoca dor e machuca, é preciso buscar uma ajuda especializada, como forma de controlar este comportamento, caso ele persista.
Ao identificar qual a razão que leva a criança a morder, cabe ao educador interferir, buscando sanar o problema, seja dando atenção e um colinho para quem mais precisa, seja negociando brinquedos e intermediando disputas.
E COMO AGIR?

Seja firme, diga que não foi legal, que o amigo agora está sofrendo e chorando, pois morder machuca. Não estenda o “sermão”, seja breve;
Leve a criança que mordeu, para prestar atendimento ao colega que foi vítima, durante este momento, chame a atenção para o fato do colega estar chateado e com dor;
Algumas crianças que mordem mais frequentemente, devem permanecer sempre próximas ao educador, para que o mesmo possa interferir de forma rápida, evitando novas investidas;
Explique que na boca, mastigamos pizza, bolo, arroz, feijão, que o colega não é comida, é amigo e devemos acariciar;
Elogie bastante, a cada demonstração de carinho e verbalizações orais;
Converse com os pais, explique como aconteceu, fique mais atenta para que não se repita, mas não deixe de orientar que esta ação faz parte do desenvolvimento infantil;
Avise aos pais da criança que mordeu sobre o fato e comunique os familiares da criança que foi mordida, mas jamais, divulgue o nome da criança que mordeu, para evitar a criação de rótulos e até o mal estar entre as famílias;
Em alguns casos, pais de crianças que mordem, costumam brincar usando a boca e até dando pequenas mordiscadas na criança, explique que o filho pode estar repetindo o gesto, mas por não ter noção da sua força, acaba passando dos limites;
Tome bastante cuidado, pois mordida “pega”, muitas vezes, os familiares da criança mordida ficam tão indignados, que chegam a recomendar que a criança faça igual ou mesmo, a própria criança pode achar que esta é uma forma eficaz de resolver seus conflitos;
Lembre-se: O isolamento não ensina, pois só a convivência vai educar. Separe a criança do grupo somente quando precisar prestar atenção em outras coisas como preencher uma agenda ou trocar uma criança, no restante do tempo “olho vivo e pernas rápidas”;
Aprenda a identificar o contexto no qual a criança costuma reagir mordendo, desta forma, antecipe-se e fique junto, mediando a relação e orientando a criança a agir de forma correta;
Não permita que a criança usufrua do brinquedo ou do colinho, que conquistou na base da mordida, estimule também, o pedido de desculpas;
Se você vai fazer uso de alguma medida punitiva como afastar a criança do grupo por alguns instantes, antes combine e previna a criança;
Não deixe que criem rótulos como nesta turminha tem "tubarão", ou fulano é um mordedor, oriente os pais com segurança e informe-os sobre as características do desenvolvimento infantil. Antecipe-se ao problema.
Querida Profe, embora estressante e bastante tumultuada, esta fase é passageira, a criança quando bem amparada e orientada, aprende a se relacionar da forma correta. Não esqueça que tudo na vida dos pequenos é constante aprendizado. Se conduzirmos de forma firme, mas afetiva, estes comportamentos se transformam em uma relação saudável. Leia bastante sobre as características da sua faixa etária e observe o seu grupo de crianças, investigando a ação das crianças e seu comportamento diante de algumas situações do cotidiano, é possível antecipar a reação dos pequenos, evitando este confronto mais direto.

Márcia O. Soares
Orientadora Pedagógica

Crianças que gostam de morder
Morder é uma forma de a criança expressar insatisfação. Os pais devem conter essa atitude.
Redação Crescer
Você tem um pequeno mordedor em casa, acalme-se. A mordida é uma das formas que as crianças têm de demonstrar insatisfação. Também costumam empurrar ou jogar objetos longe. Isso tudo é esperado em uma fase de comunicação rudimentar, enquanto a criança não consegue se expressar bem com palavras. Acrescente-se a isso impulsividade. As emoções ainda não estão sob controle. E a combinação dá muitas vezes em uma mistura explosiva.
Quando a criança dessa idade quer algo e o objeto desejado está na mão de outro, entra em disputa. "Como tem urgência em resolver a questão, ela reage com a parte do corpo que tem mais coordenação, que é a boca, região que usa intensamente desde o nascimento", explica a psicóloga Lúcia Franco da Silva, da Faculdade de Psicologia da PUC-SP.
Falar mil vezes
As dentadas podem começar tanto em casa quanto na escola. Os pais precisam refrear as mordidas para que não se tornem um hábito. Além de conter a reação agressiva, os pais precisam ser coerentes. "Se uma hora deixam porque acham engraçadinho e em outra reprimem, o filho fica sem saber como agir", alerta Lúcia Franco.
Para a pediatra Sandra Oliveira Campos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), as únicas crianças que se mantêm mordedoras são aquelas com algum problema no desenvolvimento. Então, não resta outro jeito senão a repetição das regras. É cansativo, mas todos só têm a ganhar. "Ao dizer que dói, por isso o amigo chora, você chama a atenção do filho para um valor muito importante, que é o respeito pelo outro", orienta a médica.
Agressor e agredido
Os pais dos mordedores costumam ser mais relaxados do que aqueles que enxergam no corpo do filho dentadas alheias, segundo a pediatra Sandra. Se você está entre o grupo dos filhos mordidos, também relaxe. Quando a criança começa a viver em grupo, acaba descobrindo como se defender e se impor entre os coleguinhas. E uma hora ela vai avisar ao amigo mordedor que não gostou e não quer ser mordida de novo. Nunca incentive seu filho a revidar. "Os pais jamais devem estimular a agressão", ensina Sandra.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Meu filho foi mordido e agora?

Estamos publicando um artigo de interesse de pais e professores, as mordidas que ocorrem muito comumente em crianças com idade entre dois e três anos de idade, e que costuma ser o pivô das reclamações na escola, primeiro grupo social que a criança frequenta depois da familia. O que fazer? Uma das alternativas é buscar compreensão do fenômeno, dessa forma certamente pais e professores conduzirão melhor o problema e chegarão a superação...Esperamos estar cotribuindo...

Não é raro encontrar queixas de pais que, ao buscarem seus filhos na escola os encontram mordidos por algum coleguinha. Geralmente são crianças pequenas, que estão aprendendo a dividir seu espaço com outras crianças da mesma idade.
Nesse período estão aperfeiçoando seus sentidos e agora fora dos cuidados dos pais e precisando dividir a atenção dos adultos com outras crianças.
Não é fácil para os pais assimilarem essas mordidas sem mágoa ou indignação de alguém, que não se conforma com a situação ao ver seu filho tão desprotegido, agora marcado pelos dentes de um colega.
Tão desagradável quanto, é a situação dos pais da criança que morde. E assim uma cascata de cobranças começa em cima da escola, por não ter profissionais suficientes. E se tem, não estavam atentos aos ocorridos.
Vale lembrar que as crianças estão em fase de amadurecimento e consequentemente estão aprendendo a exteriorizar suas angustias; medos, frustrações, anseios e descobertas.
Através do sistema nervoso central começam a elaborar o tato, o olfato, o paladar, a visão, e a audição. Consequentemente com as novas descobertas aprendem a usar as mãos, os dentes, como instrumentos de defesa. Numa fase anterior, talvez tenha sido o choro o instrumento mais usado para marcar a atenção.
Não é fácil para a criança aprender a conviver com outras crianças da mesma faixa etária, que também disputam atenção.
A mordida faz parte dos mecanismos de defesas mais primitivos do homem. Quando ele não consegue outra forma de comunicação, ou explorar o ambiente da forma que lhe agrada é possível que use esse artifício para marcar seu espaço. Cabem aos pais, professores, não supervalorizarem a mordida em si, e sim as causas que levaram uma a morder, e a outra a permitir ser mordida.
Quanto à escola, sabendo que está engajada com crianças que estão na fase de dividir, interagir. E se para nós adultos isso já não é tão simples, imagine para uma criança. É necessário trabalhar de forma lúdica pedagógica os sentidos, os gostos, o afeto e a divisão de espaço necessária para uma boa convivência.
Acredito ainda, que os pais devam ficar cientes que isso é um fato comum nas salas de aula onde convivem crianças que estão ainda em fase de amadurecimento do Sistema Nervoso Central. Elas experimentam as reações dos outros através de suas ações e conseqüências. Os adultos necessitam usar de coerência e não supervaloriza a mordida. Muitas vezes, crianças que mordem na escola são crianças mais possessivas que querem atenção exclusiva, filhos únicos, filhos de pais que estão em processo de separação, ou ainda crianças que estão com irmãozinhos recém nascidos em casa. De alguma forma ele precisa extravasar suas angustias e ansiedades. Como ainda não tem um repertório de vocabulário eficiente para comunicar-se utilizam o mecanismo da mordida como manifesto.
Um trabalho em grupo, com argila, onde se trabalha a função da boca, dos dentes, da língua, da saliva, dos lábios, etc., acaba sendo um instrumento pedagógico bastante eficaz. Desta forma ele vai assimilar as funções e consequentemente o professor vai poder interpretar melhor a conceito interior de seus conflitos internos.
A questão da mordida deve ser trabalhada dentro da escola. E as causas das mordidas precisam de uma avaliação mais minuciosa entre os pais e a equipe pedagógica, para juntos reconquistarem a harmonia entre os pequenos, os pais e a escola.Vale lembrar que somos todos inocentes, tanto a criança que agride através da mordida, expressando seus conflitos internos, quanto à criança que não aprendeu seus mecanismos de defesas. Os pais que entram em angustias ao defenderem seus pequenos, quanto à escola que depara com essa situação e muitas vezes se sente impotente ao receber o rótulo de negligente. A coerência entre os adultos é a melhor forma de suavizar esses pequenos conflitos diante da vastidão de angustia do mundo dos adultos.
(*) Albertina de Mattos Chraim – Psicopedagoga do La Vie Centro de Revitalização

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

HIPÓTESES DE ALFABETIZAÇÃO SEGUNDO EMILIA FERREIRO E ANA TEBEROSKY.

Estamos postando agora um artigo acerca das hipóteses de escrita no processo de alfabetização, tese da neurolinguista Emilia Ferreiro, pois é com base nesses pressupostos que nós alfabetizamos, e assim como mostramos aos pais durante reunião, mostramos aqui aos nossos leitores, inclusive ilustrando a matéria com tarefas escolares de nossas crianças. Fazemos isto porque percebemos o quão angustiante é esse processo  para os pais, pois há uma ansiedade em torno da apreensão da leitura, e quando estes pais  não o compreendem bem, esta fase tão importante e significativa pode se tornar angustiante também para o filho. Esperamos que apreciem, pois tudo aqui é feito com muito carinho...

Por acreditarem que a criança busca a aprendizagem na medida em que constrói o raciocínio lógico e que o processo evolutivo de aprender a ler e escrever passa por níveis de conceitualização que revelam as hipóteses a que chegou a criança, Emilia Ferreiro e Ana Teberosky definiram , em seu Psicogêne da Língua Escrita, cinco níveis:
• Nível 1: Hipótese Pré-Silábica;
• Nível 2: Intermediário I;
• Nível 3: Hipótese Silábica;
• Nível 4: Hipótese Silábico-Alfabética ou Intermediário II;
• Nível 5: Hipótese Alfabética.

A caracterização de cada nível não e determinante, podendo a criança estar em um nível ainda com características do nível anterior. Essas situações são mais freqüentes nos níveis Intermediários I e II, onde freqüentemente podemos nos deparar com contradições na conduta da criança e nos quais se percebe aa perda de estabilidade do nível anterior e a não estabilidade no nível seguinte, evidenciando o conflito cognitivo.

• Nível 1: Hipótese Pré-Silábica;
A criança:
- não estabelece vinculo entre fala e escrita;
- demonstra intenção de escrever através de traçado linear com formas diferentes;
- usa letras do próprio nome ou letras e números d\na mesma palavra;
- caracteriza uma palavra como letra inicial;
- tem leitura global, individual e instável do que escreve: só ela sabe o que quis escrever;

• Nível 2: Intermediário I;
A criança:
- começa ater consciência de que existe alguma relação entre pronuncia e a escrita;
- começa a desvincular a escrita das imagens e os números das letras;
- conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres.

• Nível 3: Hipótese Silábica;
A criança:
- já supõe que a escrita representa a fala;
- tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;
- já supõe que a menor unidade de língua seja a sílaba;
- em frases, pode escrever uma letra para cada palavra.

• Nível 4: Hipótese Silábico-Alfabética ou Intermediário II;
A criança:
- inicia a superação da hipótese silábica;
- compreende que a escrita representa o som da fala;
- passa a fazer uma leitura termo a termo; (não global)
- consegue combinar vogais e consoantes numa mesma palavra, numa tentativa de combinar sons, sem tornar, ainda, sua escrita socializável. Por exemplo, CAL para cavalo.

• Nível 5: Hipótese alfabética.
A criança:
- compreende que a escrita tem função social;
- compreende o modo de construção do código da escrita;
- omite letras quando mistura as hipóteses alfabética e silábica;
- não tem problemas de escrita no que se refere a conceito;
- não e ortográfica e nem léxica.

A alfabetização não é mais vista como sendo o ensino de um sistema gráfico que equivale a sons. Um aspecto que tem que ser considerado nessa nova perspectiva e que a relação da escrita com a oralidade não é uma relação de dependência da primeira com a segunda, mas e antes uma relação de interdependência, isto e, ambos os sistemas de representação influenciam-se igualmente.
Temos então que a concepção que em geral se faz a respeito da aquisição da linguagem escrita, corresponde a um modelo linear e “positivo” de desenvolvimento, segundo o qual a criança aprende a usar e decodificar símbolos gráficos que representam os sons da fala, saindo de um ponto ‘x’ e chegando a um ponto ‘y’.
O dia a dia apresentado pelos alunos que ingressam nas séries iniciais, mostra-se preocupante, considerando que a cada momento, o educador encontra-se diante de alguns obstáculos, principalmente quando se refere à leitura e suas interpretações.Essa dificuldade embora comuns, se difunde em outras, como interpretação de textos, ditado, cópia e etc..., o que numa linguagem atual se reporta às técnicas de redação. Entende-se que cada aluno apresenta sua dificuldade, alguns tem bloqueios para escrever, expressar suas emoções, falar etc. Nesse contexto, o professor precisa estar atento a essas dificuldades, a fim de criar mecanismo para seu enfrentamento, reconhecendo que na fase inicial, a criança absorve o que lhe é repassado e incorpora valores que no decorrer da vida escolar, se contemporizam com outros, podendo gerar conflito ou dificuldades.
Maira Haydee Goellner
Pós Graduada em Psicopedagogia Institucional.
Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas. UFAM
 Professora de Educação Infantil pela rede municipal de ensino. SEMED AM







PROPOSTA PEDAGÓGICA E EVENTOS ESCOLARES

Fizemos até aqui inúmeras postagens mostrando alguns projetos que são trabalhados por nossa escola, dentre estes projetos estão alguns que na verdade são eventos escolares. Como exemplo temos a festa de carnaval, que é realizada como finalização do Projeto de adaptação e socialização da criança à escola, e não como alusão a festa em si. Temos a Festa Junina, que é realizada como parte do Projeto Folclore, que é realizado a partir de pesquisas e produções textuais que envolvem o uso de parlendas, trava-línguas, adivinhas, que são variações textuais que facilitam e contribuem com o processo de alfabetização, e ainda pesquisa acerca da bibliografia de diversos folcloristas brasileiros, e não somente firmado na esteriotipação dos personagens, como cucas, sacis e outros. Além dos citados temos as comemorações do dia das mães, e dia dos pais, sendo o último realizado através da entrega de lembranças feitas pelas crianças. Algumas familias questionam o porque de não fazermos uma grande festa para comemorar o dia do pais, já que realizamos para a mães. Justificamos aqui a nossa atitude, em virtude de na nossa escola terem muitos modelos de familias, além do modelo nuclear. Nós temos filhos adotivos de mães solteiras, filhos naturais de mães solteiras, filhos órfãos de pai, mas todos tem vínculo com a figura materna, ou seja, não podemos negar ou ignorar as mudanças no perfil das familias, que hoje tem inumeros arranjos familiares, e nem sempre contam com as figuras de pai e mãe juntos em casa, desta feita optamos por algo mais discreto para a referida data, como forma de respeito à criança, não expondo-a jamais ao constrangimento. Outra caracteristica nossa é a não obrigatoriedade das crianças à participação, seja por questões de cunho religioso, financeiro ou mesmo por timidez, as crianças e familias sempre ficaram muito à vontade quanto a participação nos nossos eventos, inclusive porque nas nossas festas não existe interesse em arrecadação financeira e muito menos vale nota para o aluno. E mais, sempre são realizadas dentro da escola e somente para os alunos, não sendo usados como subterfúgios para atrair o pai à escola. Aqui mais uma elucidação acerca do nosso trabalho, esperamos estar contribuindo.

Proposta Pedagógica

Uma boa escola é aquela que compreende e defende com fundamentação sua proposta pedagógica. É preciso que eu saiba onde quero chegar  para que eu possa escolher o caminho. Na escola o caminho, o meio para se chegar a aprendizagem faz toda uma diferença, por isso apresentamos um resumo da nossa prática com as devidas ressalvas de porque o fazemos. Esperamos estar contribuindo.

EDUCAR PARA A VIDA É FUNDAMENTAL
Cada dia na vida de uma criança é um dia de aprender e crescer. Por isso, o Centro de Educação Ver Crescer embasa sua ação pedagógica em teorias do conhecimento libertárias e compreende que as múltiplas aprendizagens ocorrem a partir da interação social. Desse modo trabalhamos as várias áreas do conhecimento simultaneamente através de projetos didáticos que facilitam essas aprendizagens, permitindo que esta ocorra de forma significativa e contextualizada, a partir da interação do educando com o meio em que vive, testando hipóteses continuamente e  permitindo o exercício constante da ação – reflexão – ação.

               TRABALHO EM EQUIPE
O Ver Crescer busca como alicerce de sua prática os valores humanísticos, em um ambiente que proporciona o desenvolvimento integral da criança. Pautamos nosso trabalho no constante aprimoramento profissional de nossa equipe, que estuda o desenvolvimento infantil através de formação continuada e assim, entende a criança como sujeito aprendiz. Valorizamos e acreditamos ainda, na parceria com as famílias, que é a primeira e principal fonte educativa. Dessa forma, podemos oferecer uma formação completa, que respeite a multiplicidade do ser humano.

                MAIS QUE PROFESSORES: PESSOAS
A ação do aluno é o ponto de partida, pois é dentro e fora da sala de aula que ele sente, percebe, compreende e transforma, mas é o professor o incentivador, viabilizador, provocador e regulador da aprendizagem, pois é ele que conhece as técnicas e as aplica adequadamente a cada aluno. Incentivar o constante aprimoramento profissional é investir na formação de pessoas bem preparadas para atender a seu filho, assim no Ver Crescer priorizamos além da qualificação pedagógica a afetividade como talento necessário para a transmissão dos valores essenciais para a vida, sempre respeitando as hipóteses, interesses, a criatividade e formas de expressão das crianças.

                ESTRUTURA APROPRIADA
 Para o Ver Crescer a melhor proposta educacional é aquela que as crianças se sintam acolhidas, protegidas, seguras, amadas, respeitadas e estimuladas a buscarem novas conquistas. Cabe a escola auxiliar o aluno no desenvolvimento de suas habilidades e superação de conflitos, por isso buscamos transformar o espaço que dispomos em um ambiente agradável, tranqüilo e estimulante, propício à aprendizagem e integração, e ainda para a brincadeira e constantes descobertas.

MUSICALIZAÇÃO INFANTIL
A música é fundamental no desenvolvimento da criança. Através dela, existe a possibilidade de expressar sentimentos, medos, desejos e fantasias, associados ao momento de prazer. Estudos científicos já comprovaram a eficácia da música no desenvolvimento da inteligência e interação dos seres. A música em sala de aula estimula a aprendizagem, desenvolve a sensibilidade, a criatividade, a psicomotricidade, facilita as relações interpessoais, melhora a orientação espacial, a memória, a concentração e a audição além de desenvolver o ritmo e a coordenação motora e ser um bem cultural. No Ver Crescer a música é utilizada para deixar o ambiente mais alegre e acolhedor, como recurso na aprendizagem das disciplinas e principalmente ampliando o conhecimento musical do aluno.

                ATELIÊ DE ARTES
O Ver Crescer cria condições materiais e pedagógicas para que o contato da criança com a Arte aconteça da forma mais lúdica e prazerosa. Orientar, provocar, criar um ambiente propício para que ela faça, refaça, experimente e construa. Por isso esse espaço foi desenvolvido pensando no potencial criativo de cada criança, que estarão em contato direto com as artes, permitindo-se conhecer, compreender e reler os fazeres artísticos, através da apreciação e construção de sua própria arte. Nesse espaço a criança vivencia inúmeras experiências, faz infinitos movimentos, incorpora a desenvoltura para criar. A preocupação da Escola é fazer com que a Arte seja compreendida pelas crianças como uma linguagem humana, uma forma natural e profunda de expressão de idéias, emoções e sentimentos. 

                SALA DE LEITURA/ SALA DE VIDEO
O Ver Crescer acredita na leitura como mote de transformação social, por isso busca cultivar na criança o gosto pela leitura. Para tanto, dispõe de um ambiente aconchegante e favorável, um lugar onde a prática da leitura já não está restrita a pesquisas e consultas, mas ao desenvolvimento da prática do prazer de ler, com: as rodas de leitura, contação de histórias, leitura de livros e mostras literárias. Pois quanto mais cedo histórias orais e escritas entrarem na vida da criança maiores as chances de ela gostar de ler.
A videoteca proporciona importantes momentos de descontração e aprendizado para a criança. No Cineminha Ver Crescer a criança assiste a bons filmes infantis, sejam recreativos ou de conteúdo pedagógicos, previamente selecionados e aprende a prestigiar o cinema como arte e não somente como entretenimento.

                SALA DE LÍNGUAS
O atual contexto histórico exige a apreensão de uma língua estrangeira como ferramenta para a formação do cidadão, além de permitir o conhecimento de outra cultura. Esse aprendizado é mais significativo na infância, pois a criança assimila a língua com mais naturalidade, permitindo a acumulação de um conhecimento maior e mais sólido. Respeitando esta faixa etária, o Ver Crescer apresenta a suas crianças a língua estrangeira de forma lúdica, por meio de jogos, brincadeiras, vídeos e fantoches além do material didático. O trabalho inicia-se com a turma do 1º ano, acompanhado de recursos audiovisuais e multimídia.
               
                BRINQUEDOTECA
A atividade lúdica é o elemento propulsor de todo processo de aprendizagem. Brincar é a forma mais natural de atividade da criança, brincando ela libera sua capacidade de criar e reinventar o mundo expande sua afetividade e suas fantasias. Através do mundo mágico do faz de conta, explora seus limites, levando para uma aventura ao encontro de si mesma. No Ver Crescer a brinquedoteca surge para proporcionar as crianças à oportunidade de brincar sossegada, sem cobrança de desempenho e com variedade de brinquedos e estimuladas pela professora, uma profissional preparada para apoiar a brincadeira sem dirigi-la, pois a criatividade e espontaneidade devem ser asseguradas.